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Imagem do processo de Upcycling proposto por Agus Comas para a Intervalo-Escola no Paço Comunidade na Ocupação Cambridge


Protótipo de Escola Flutuante realizado pelos Tupigás (grupo de jovens das regiões do rio Tupana e do Igapó-Açu) - Amazonas.

 

Intervalo-Escola é uma plataforma que mapeia e experimenta modos de aprendizagem em/contra/sobre/a partir do campo da arte. Os acontecimentos da Intervalo enfatizam modelos de aprendizagem colaborativos, cooperativos, não hierarquizados, imersivos, sensíveis e informais. Colocando-nos sempre frente a possíveis diálogos e antagonismos em relação às práticas e conceitos formais de ensino. Essa é uma escola sem lugar fixo e que atua como zona temporária imersiva, na qual cada acontecimento é composto por grupos, lugares, saberes e contextos específicos. A Intervalo-Escola foi criada e tem como colaboradores centrais os pesquisadores-etc. Cláudio Bueno e Tainá Azeredo.

Até o momento a Intervalo aconteceu nas seguintes ocasiões:

- Intervalo-Escola: intervalo em campo: atuação junto à Casa do Rio Tupana e a RDS Igapó-Açu como uma das ações de fortalecimento do entorno da BR-319, rodovia que tem sido repavimentada e produzirá nos próximos 5 anos forte impacto socioambiental em seu entorno entre Manaus e Porto Velho. A escola começou a trabalhar na região no início de 2016 e seguirá atuando, possivelmente, até 2020.

- Intervalo-Escola: intervalo em curso: é um projeto contemplado pelo Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 12ª edição, voltado para artistas, pesquisadores e agentes do campo das artes. A primeira etapa do programa aconteceu em São Paulo, em colaboração com a Casa Tomada, entre 28 de novembro e 18 de dezembro de 2016. E o segundo momento aconteceu no Amazonas, junto à Casa do Rio e o Centro de Saberes da Floresta, apoiados pela RDS Igapó-Açu, entre 23 de janeiro e 11 de fevereiro. Para cada edição do programa um artista é convidado a pensar junto ao grupo as atividades e estratégias de compartilhamentos de saberes. Em São Paulo, a imersão foi desenvolvida junto ao artista-etc. Ricardo Basbaum, e no Amazonas, juntamente com o artista e pesquisador Jorge Menna Barreto.

Clique aqui para acessar a publicação referente a estas imersões.

 

- Intervalo-Escola no Paço Comunidade na Ocupação Cambridge: O encontro com o projeto Paço Comunidade permitiu-nos, juntamente à curadora Priscila Arantes, estar junto da artista-estilista Agus Comas em oficinas de Upcycling.

Upcycling é o processo de transformar resíduos ou produtos descartáveis em novos materiais, elevando seu valor, uso ou qualidade, para recolocá-lo em circulação. Diferentemente de desfazer um produto para que se produza um novo – como ocorre comumente na reciclagem de materiais plásticos –, o método de trabalho em upcycling reaproveita as qualidades estruturais de algo já existente. No trabalho junto ao grupo de costura da Ocupação, foi proposta, portanto, como compartilhamento da prática da artista Agustina Comas, a produção de peças de roupa que usam, como matéria-prima, as sobras da indústria têxtil e das confecções na cidade de São Paulo.

Para além do viés econômico, no sentido da possibilidade de continuação dessa prática pelos frequentadores do ateliê de costura, comprando matéria-prima/sobras da indústria a preços muito baixos, buscou-se instaurar ali, principalmente, um espaço de criação. Uma instância capaz de estimular a reinvenção da “arte de fazer” cotidiana; no caso da costura, experimentá-la ao avesso.

Integrar, juntar forças e atuar na quinta edição do Paço Comunidade no antigo Hotel Cambridge reforça, ainda, as demais dimensões e modos de operar da Intervalo-Escola, que tem como um de seus procedimentos-chave, a escuta.

Junto a comunidades específicas, criamos aproximações, escutamos, conversamos, para que, então, sejam elaboradas, na especificidade de determinado grupo e local, propostas de artistas e processos possíveis de ser compartilhados.

Acreditamos na escuta como forma de elaboração de um saber que passa pelo corpo, evitando, assim, dizer algo de antemão, que já se saiba a priori. Dessa maneira, talvez seja possível encontrar modos de descolonizar saberes, conhecimentos já muito sedimentados e automatizados em nossas falas e modos de operar no mundo, hoje. Foi assim que ocorreu, nesta ocasião, dentro da Ocupação, numa conversa inicial com Danilo Martinelli, Leni Ferreira e Carmen Silva, quando nos apresentaram a oficina de costura do Cambridge, e ainda promoveram um encontro com todxs xs interessadxs em participar das oficinas junto à Agus.

Em breve publicação completa do Paço das Artes sobre esta ação.